O manejo da obesidade deve ser conduzido prioritariamente pela modificação dos hábitos alimentares e introdução de uma rotina regular de atividades físicas, entretanto se ocorrerem sucessivas falhas nessa primeira opção decorrentes tanto das alterações fisiológicas no metabolismo dos pacientes com obesidade quanto das adaptações naturais do organismo após alguma perda de peso, o médico que acompanha o tratamento pode complementar o tratamento com uso de fármacos.
Como o efeito da maioria das medicações envolve relação com diminuição do apetite é importante estar atento não só a perda de peso, mas a sua qualidade. A falta de uma ingestão adequada de proteína associada ao sedentarismo muitas vezes causado pela restrição severa de calorias na dieta durante o processo de emagrecimento pode levar a perda de massa magra.
A perda de massa muscular acarreta diversos malefícios para a saúde. Está associada a redução da força e da capacidade funcional, o que pode levar à dificuldade na realização de atividades cotidianas. Além disso, está relacionada ao aumento do risco de quedas, fraturas ósseas e incapacidade física. Também contribui com a diminuição do gasto energético de repouso e com desenvolvimento de doenças crônicas.
Nesse sentido, para pessoas que tem indicação médica para uso de medicamentos para emagrecimento, o tratamento nutricional se torna crucial, pois uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades individuais além de ajudar a otimizar os resultados vai contribuir minimizando possíveis efeitos colaterais da medicação e auxiliar na promoção de mudança de hábitos e de um emagrecimento saudável, para que no momento do desmame da medicação não haja reganho de peso.